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histórias da ilustração portuguesa

Águas Santas

carvalhehos ip 533 8 mi 1916

Ilustração Portuguesa, 1916

Curavam tudo. Afiançadas por sábios saídos de uma qualquer banda desenhada e alardeando virtudes que hoje nos parecem assustadoras, como a radioatividade, curavam males eternos ou passageiros, e doenças socialmente reprováveis como a «Flores Brancas», eufemismo para a persistente candidíase. Nas duas primeiras décadas do século vinte, a saúde era motivo de ralação geral e pretexto para muito anúncio de comes e bebes milagroso, numa sociedade ainda vulnerável às epidemias e à falta de banho. Para substituir a seringa e o sabonete havia vinho nutritivo de carne garantido pela farmácia, sal reconstituinte de ossos e nervos, tabaco para prevenir a cárie e aclarar a voz, e o célebre Emoneura, medicamento-alimento que curava 20 maleitas, incluindo a nostalgia. Mas as inocentes águas de mesa eram as recordistas de milagres, misturando a bula científica e a intervenção divina, como nas Caldas Santas de Carvalheiros, onde um anjo anuncia Cura-te Ipsum (Cura-te a ti mesmo). Mercadoria supérflua em cidades habituadas ao aguadeiro galego e ao chafariz, tinham rótulos de propaganda médica, mas a sua publicidade em revistas e jornais já segmentava públicos e interesses, vendendo o folclorismo romântico de oitocentos nas águas do Alardo, Curía e Mouchão da Póvoa, a elegância das elites na Serra do Trigo, Monte Banzão, Caxambú ou Pedras Salgadas, ou mesmo a paródia popularucha no garrafão da Fonte de Sula, ainda assim radioativa, ionizada e rica em gases raros.

A extensa lista de águas engarrafadas inclui as contemporâneas Água Castello, Alardo e Pedras Salgadas, mas outras se perderam no tempo e nas mudanças climáticas, como as do Monte-Banzão, em Colares, cuja exploração foi abandonada em 1937, ou as do Mouchão da Póvoa de Santa Iria (ilha no Tejo), ali ao Rio Trancão de má memória. A brasileira Caxambú, era importada do maior complexo hidromineral do mundo e estância predileta da família imperial do Brasil, no Estado de Minas Gerais. Com exceção desta exótica água, ilustrada pela mão de Alfredo Morais, a autoria dos anúncios é geralmente anónima e o registo naturalista, a sublinhar as santas intenções do anunciante. Tanta pretensão científica, a roçar o charlatanismo, reclamava, numa sociedade temente a Deus mas ansiosa pelo progresso material, a certeza de que só se vive uma vez.

 

Holy Waters

They were a cure for everything. Endorsed by wise men in some cartoon strip or other, and boasting qualities such as radioactivity, which seems rather alarming nowadays, they could cure perpetual ills and some no longer fashionable, along with socially frowned-upon complaints like the decorously named ‘White Flowers’, none other than recurrent thrush. Health was a general concern and pretext for a lot of publicity promoting miraculous food and beverages among people still exposed to epidemics and with little water to wash with. To replace syringes and soap, there was nutritious meat wine with the chemist’s guarantee, salt to stengthen bones and nerves, tobacco to prevent caries and to clear throats, and the famed Emoneura, a medication-foodstuff that cured 20 ailments, including nostalgia. But this innocuous table water was a record-breaking miracle worker, blending scientific instructions and divine interventions in the Caldas Santas de Carvalheiros spa, in which an angel announces ‘Cura-te Ipsum’ (‘Cure Youself’). In the 1910s and 1920s, bottled drinking water, an unnecessary product in towns with Galician water-carriers and public fountains, bore labels that promoted its medicinal benefits, while its publicity in magazines and newspapers divided different customers and interests: there were the 19th-century romantic, folkloric customs in the Alardo, Curía and Mouchão da Póvoa spas, the upper-class elegance in Serra do Trigo, Monte Banzão, Caxambu and Pedras Salgadas and even the cartoonlike lampoonery of the Fonte de Sula demijohn of radioactive and ionised water full of rare gases.

The list of bottled drinking water is long and includes present-day Água Castello, Alardo and Pedras Salgadas, as well as others that have vanished with time and climatic changes, such as Mouchão da Póvoa de Santa Iria (an island in the River Tagus) near the ill-famed River Trancão. The Brazilian Caxambú bottled water was imported from the world’s largest hydro-mineral complex in the state of Minas Gerais, a spa the Brazilian Imperial family favoured. Apart from this exotic water, with its illustrations by Alfredo Morais, most of these waters’ publicity is usually anonymous and the ‘holy’ intentions of the advertisers highlighted in a naturalistic style. Such great scientific pretentions, which verged on charlatanism, were an affirmation in a society living in fear of God but eager for material progress that there was no doubt we only life once.

carvalhelhos

Diário de Notícias, Natal 1918

castelo ip 94 9 dez 1907

Ilustração Portuguesa, 1907

água castello 1909

Ilustração Portuguesa, 1909

alardo ip 527 27 mar 1916

Ilustração Portuguesa, 1916

curia

O Lusitano, 1915

1913 mouchao

Ilustração Portuguesa, 1913

caxambu

Serões, 1906

1918 pedras salgadas.dn natal

Diário de Notícias, Natal 1918

monte banzão IP 25 13 ago 1906.2

Ilustração Portuguesa, 1906

serra do trigo 1906

Ilustração Portuguesa, 1906

1916 agua da fonte de sula

Ilustração Portuguesa, 1916

As imagens foram restauradas digitalmente

Fontes
O Sono Desliza Perfumado — Publicidade Ilustrada, Biblioteca Silva, Arranha-Céus, 2018

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Leituras primárias

Primeiros passos b

O Almanaque vai à escola. Para aprender as primeiras letras num contraditório ramalhete de manuais, publicado pela Livraria Popular de Francisco Franco já em tempos da Ditadura de Maio mas lustrando os valores da Primeira República. À sequência feliz de títulos, que são também programa pedagógico: Primeiros Passos, Pouco a Pouco, Mais Adiante e Finalmente…, junta-se a inteligente narrativa sequencial das quatro capas, que nos levam a um happy end civilizacional, não faltando numa delas o dedo luso nas indispensáveis caravelas que «deram novos mundos ao mundo». Sem data expressa mas referenciados na Biblioteca Nacional pelo ano de 1932, o conjunto é uma formidável encomenda ilustrada por Alfredo Morais (1872-1971), um verdadeiro faz-tudo da época que só terá sido ultrapassado em quantidade pelo gigantesco Stuart de Carvalhais. Nas 260 ilustrações espalhadas pelos quatro livros, nascidos nas vésperas do Estado Novo (a 5.ª edição do livro da Terceira Classe Mais Adiante já traz enxertados panegíricos sobre o Marechal Carmona e Salazar), Morais aplica o seu exímio talento de naturalista, caprichando nas antiquadas convenções do início do século, desde as cadres incompletas ao sombreado a traço, tributário da gravura em madeira ou talhe doce. Uma década depois dos bonecos modernistas para As Aventuras de Felício e Felizarda ao Pólo Norte que Mily Possoz tinha desenhado para um livro de leitura da 5.ª Classe, o romantismo gráfico continuava a ser a opção das conservadoras elites republicanas, cujos confessados ideais já foram aqui revelados no post sobre a Biblioteca Para a Infância, de Maria O’Neill. Sem as meias tintas e os dramalhões passionais ou bélicos que outras literaturas, também populares, exigiram a Morais, estes manuais escolares revelam um must do seu ágil traço a negro, aqui e ali avivado em combinações de duas ou três cores. A mão certeira de Morais e a indisfarçável doçura das suas crianças colavam bem ao arrebatado amor ao próximo e à exaltação pagã da matéria de que eram feitas a terra e as gentes do Portugal da Primeira República.

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Pouco a Pouco

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Mais Adiante

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Finalmente... 12.ª

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4 classes

 

 

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Riquezas de Portugal

kapa

É sempre assim. Em tempos de crise, lambem-se as feridas com saliva patriótica. Redescobrem-se incontáveis maravilhas indígenas, motor de inflamada fé no futuro. Em 1925, Portugal arrastava-se pelas ruas da amargura, com a economia deprimida, uma classe política desacreditada e um endividamento assustador de 134 milhões de dólares. Os jornais, se faziam parte do problema servindo as várias capelas partidárias, assumiam-se também parte da solução, promovendo iniciativas para levantar a moral pública e fomentar o empreendedorismo dos leitores. Equivalentes aos colecionáveis de discos e livros atuais, criavam singelos concursos de corta e cola, valorizando um trabalho manual que hoje seria um verdadeiro tiro no pé. Para colar os cupões, havia caderneta que, completa, dava direito a senha numerada, habilitando o concorrente aos prémios… e o jornal à fidelização dos leitores. A meio de agosto de 1925, o Diário de Notícias iniciou o concurso Riquezas de Portugal, 50 cupões publicados diariamente na página dois em jeito de adivinha. As riquezas eram as do costume e ainda agora, com o empurrão das indústrias criativas, aí estão pr’a dar e vender. Às maravilhas do retângulo europeu juntava-se uma mão cheia de recursos coloniais como a Borracha, o Marfim ou o Ópio, oriundo de Macau, cujo texto de acompanhamento, bastante sugestivo, candidatava o país ao estatuto de narco-estado:

Não somos só abundantes
No continente europeu
Mas lá nas terras distantes
Onde Confúcio viveu.
 
Ali – chinezas gentis –
Dizei-nos o que tomais,
Que tão risonhas dormis?
Que tão risonhas sonhais?

O comentário social tem uma rara aparição, e ainda assim cómica, na curiosa Riqueza n.º 14, a Lagosta.

Sua carne delicada
Nos rochedos escondida,
E’ com afan procurada
Para aos ricos ser servida
 
Comida que sò se instala
Na mesa muito bem posta
Ao povo custa a compra-la,
Mas gostar… isso lá gosta!

O cabeçalho das Riquezas foi desenhado por Calderón Dinis (Lisboa, 1902-1994), ilustrador, contista e editor, funcionário do Diário de Notícias durante 54 anos. As imagens diárias afinavam pelo traço mais ligeiro de Narciso Morais e, sobretudo, pela habitual competência na representação e composição do seu pai, Alfredo Moraes(Lisboa, 1872-1971). As exceções são a capa da caderneta, da autoria de Elsa Althausse, aparentadas ao grafismo moderno das capas que desenhou para o magazine ABC, e uma paródica intervenção de Laura Costa para a Borracha. As ilustrações das Riquezas ganharam uma espécie de intemporalidade ficcional, baseada em costumes e trajes regionais standardizados prolongando o naturalismo rançoso de Oitocentos e uma visão romântica do mundo rural. As rudimentares indústrias de extração e transformação, tinham no pacato folclore nacional uma justa expressão.

The Riches of Portugal
It’s the same old story. At a time of crisis, people lick their wounds with patriotic saliva. Countless national marvels are rediscovered to fuel faith in the future. Portugal was down in the dumps in 1925, its economy had collapsed, its politicians were discredited and there was a frightening debt of 134 million dollars to pay. Newspapers, which were part of the problem as they served different political party interests, were also part of the solution as they advanced ideas to lift people’s spirits and encourage their entrepreneurial spirit in particular. As nowadays their offer music and book collections, newspapers then organised simple competitions involving cut and paste, manual work of a kind that would be like shooting oneself in the foot nowadays. Coupons were cut out and pasted into a notebook that once filled entitled a person to a number that could win a prize … and loyalty among the readers. In mid-August 1925, the Diário de Notícias launched its Riches of Portugal competition and 50 coupons as forms of brainteasers came out daily on page two. The riches were the usual ones and even today, shoved forward by creative industries, they’re still out there and selling. The marvels from our rectangular country in Europe were joined by a handful of colonial raw materials such as Rubber, Ivory and Opium. The last came from Macao in China, and the accompanying text hinted that it was something of a narco-state:

We aren’t that many
In Europe itself
But in far-off lands
Where Confucius lived
There – sweet Chinese girls –
Tell us what you take,
To sleep and smile so blissfully?
To dream and smile so blissfully?

Social commentary makes a rare and even rather amusing appearance in the bizarre Richness Nº 14 –  Lobsters.

Its delicate flesh
Hidden among rocks
Is greatly sought-after
To serve up to the rich
As food that is presented
At well-appointed tables
It’s too costly for others
But like it … that they do!

The newspaper header for Riches was designed by Calderón Dinis (Lisbon, 1902 – 1994), illustrator, short story writer and editor, who worked at Diário de Notícias for 54 years.  The daily illustrations were done by Narcisco Morais, who had a lighter drawing style and, above all, by his father, Alfredo Moraes (Lisbon, 1872-1971), with his customary representational and compositional skills. The exceptions are the notebook cover, which was done by Elsa Althausse in a modern graphic style similar to what she used for the ABC magazine, as well as Laura Costa’s humorous work for Rubber. The illustrations for Riches have gained a kind of fictional timelessness on the basis of standardised regional customs and costumes that protracted 19th-century stale naturalism and romantic vision of the rural world. Portugal’s basic extraction and transformation industries were given their just expression in the package labelled national folklore.

 

3s

6 borracha s

14 lagosta s

25 laranjas s

31 volframio s

40s

42 tabaco s

47 marfim s

As 50 Riquezas por ordem de publicação: Vinho, Sal, Trigo, Lã, Milho, Borracha, Calçado, Maçã, Açúcar, Sardinha, Bordados da Madeira, Azeite, Cacau, Lagosta, Algodão, Manteiga, Rendas de Peniche, Cortiça, Gado, Ourivesaria, Madeiras, Ovos, Centeio, Chapéus, Laranja, Queijo, Diamantes, Batata, Cera de abelhas, Cerâmica, Volfrâmio, Uvas, Tecidos, Atum, Linho, Mel, Mármores, Arroz, Cutelaria, Ópio, Ananaz, Tabaco, Figo, Café, Alfarroba, Marfim, Doçaria, Conservas e Chá.

The 50 Riches were in order of publication: Wine, Salt, Wheat, Wool, Maize, Rubber, Footwear, Apples, Sugar, Sardines, Madeira Embroidery, Olive Oil, Cocoa, Lobsters, Cotton, Butter, Peniche Lace, Cork, Cattle, Goldsmithery, Wood, Eggs, Rye, Hats, Oranges, Cheese, Diamonds, Potatoes, Beeswax, Ceramics, Wolfram, Grapes, Textiles, Tuna, Linen, Honey, Marble, Rice, Cutlery, Opium, Pineapples, Tobacco, Figs, Coffee, Carob Beans, Ivory, Confectionery, Tinned Products and Tea.

Fontes Sources

Dicionário dos Autores de Banda Desenhada e Cartoon em Portugal, Leonardo de Sá e António Dias de Deus, Edições Época de Ouro, 1999

Portugal Século XX, Crónica em Imagens, 1920-1930, Joaquim Vieira, Círculo dos Leitores, 2000

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Lições republicanas

1s

As revoluções em Portugal têm destas coisas. Raramente os ventos de mudança penetram a cultura visual com a mesma violência com que o fazem na esfera política e social. Foi assim em 1974 com a proliferação da estafada iconografia soviética e chinesa, foi assim com a implantação da República em 1910. O novo poder político tinha em mãos uma sociedade rural e iletrada. Em 1917, às portas da ditadura de Sidónio Pais e de uma fraturante participação nas trincheiras lamacentas da Primeira Guerra Mundial, o regime empreende uma demanda pedagógica destinada a aplicar a moral republicana assente nos princípios humanistas consagrados pela matricial revolução francesa. Apesar da contemporaneidade da primeira geração modernista do Orfeu, onde pontuava Almada Negreiros, os 12 cartazes da série Quadros Educativos, que ornamentaram as paredes das escolas portuguesas, ficaram a cargo dos ilustradores e cartunistas académicos que seguiam as pisadas do oitocentismo, no traço piegas de dramalhões históricos de sabor romântico, na aguarela verista de costumes e usos tradicionais portugueses ou ainda no corrosiva sátira política de feição bordaliana. Os Quadros foram ilustrados por A. Quaresma, Hebe Gonçalves, F. Guedes, Hipólito Collomb, as manas Helena, Mamia e Raquel Roque Gameiro, Rocha Vieira, Alonso e Alberto Souza (que tanto irritou os modernistas de Coimbra com o seu obssessivo registo da ruralidade portuguesa), e ainda o prolífico Stuart de Carvalhaes, balançando entre a tradição e os modernos. O design dos cartazes é rudimentar e passou ao lado da revolução em curso no cartazismo publicitário que operava em toda a Europa uma síntese gráfica e só vingaria em Portugal no início da década seguinte. O traço verista, adoçado pela sumptuosa impressão em litografia, ilustra princípios de caráter laico e igualitário (Ama a Árvore / Ajuda os Mais Fracos / O Trabalho Dá Alegria / Respeita os Mais velhos / Quem Semeia Colhe / Devagar Que Tenho Pressa) e desígnios nacionais, como o impressionante cartaz de Alfredo Moraes com a exaltação patriótica da participação do Corpo Expedicionário Português em França, no expressivo dramatismo com que Morais ilustrou centenas de novelas de sabor popular. Os Quadros Educativos têm uma curiosa sequela, 21 anos depois, nos sete cartazes A Lição de Salazar, editados em 1938 para comemorar os seus dez anos no Governo. Tal como os inflamados cartazes da Primeira República, também estes pretendiam doutrinar os futuros cidadãos.

Republican lessons

This tends to happen to revolutions in Portugal. It’s rare that the winds of change manage to penetrate visual culture with the same force as they do the political and social spheres. This was the case in the April 1974 revolution with its  profusion of rather stale Soviet and Chinese iconography, as well as in 1910 and the proclamation of the republic.  The new political powers found that they had a rural illiterate society in their hands. In 1917, at the start of Sidónio Pais’ dictatorship and Portugal’s divisive participation in the First World War and its muddy trenches, the government embarked on addressing the pedagogical need to set up a republican sense of morality. This was based on humanist principles enshrined in the model set by the French revolution. Although this happened concurrently with the first modernist generation of Orfeu artists, which included Almada Negreiros, it was academically-trained illustrators and cartoonists who were chosen to create the 12 posters of the Quadros Educativos[Educational Charts] to adorn the walls of Portuguese classrooms. These followed in the steps of 19th-century artists and their tacky depictions of historical dramas that appealed to romantic tastes, with their verisimo watercolours of traditional customs and costumes and also with caustic political satire in the style of Bordalo Pinheiro. The charts were illustrated by A. Quaresma, Hebe Gonçalves, F. GuedesHipólito Collomb, the sisters Helena, Mamia and Raquel Roque GameiroRocha VieiraAlonso and Alberto Souza (whose obsessive depiction of Portugal’s country life so annoyed modernists in Coimbra) and the inexhaustible Stuart de Carvalhaes, who balanced tradition with modernism. The design of the posters is elementary and ignores the on-going transformation throughout the whole of Europe, but which only reached Portugal at the end of the 1920s, of graphical synthesis in publicity posters. Their realist drawing style was softened in sumptuous lithographic prints that illustrated secular and egalitarian principles (Love Trees / Help Those Who Are Weaker / Work Brings Happiness / Respect Older People / Those Who Sow Will Reap / Slowly Because I’m In A Hurry). They also showed Portuguese concerns such as the remarkable poster by Alfredo Moraes with its patriotic exaltation of the Portuguese Expeditionary Corps during the war in France and in the expressive sense of drama with which he illustrated hundreds of novels that appealed to popular tastes. There was an interesting development to Quadros Educativos some 21 years later in 7 posters entitled A Lição de Salazer [Salazar´s Lesson], which came out in 1938 to commemorate his tenth year in government. They were meant to indoctrinate future citizens in the very same manner as the inflammatory posters of the First Republic.

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Fontes Sources

Portugal Século XX, Crónica em Imagens, 1930-1940, Joaquim Vieira, Círculo dos Leitores, 2000

 

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Lá vamos cantando e rindo

A inquietante perspetiva de uma Espanha comunista em resultado da Guerra Civil e o fascínio da direita extremista portuguesa pelas ditaduras italiana e alemã forçaram Salazar à criação de organizações paramilitares como a Legião e a Mocidade Portuguesa em 1936. Esta última decidia-se a moldar os infantes portugueses aos valores nacionais e combater o internacionalismo bolchevista. Tratava-se de saturar a cabeça de doutrina e o corpo de exercício, até para evitar os malefícios do onanismo (práticas genésicas, como se dizia na altura). Avesso a extremismos, o ditador controla como pode estas problemáticas organizações, nomeando chefias da sua confiança. O principal doutrinador da MP, e mais tarde seu comissário geral, Marcelo Caetano, viria a ser o delfim e sucessor de Salazar. Em 1937, nascia a Mocidade Portuguesa Feminina, “sentinelas da alma de Portugal”, que enquadraria as suas filiadas no seio do lar e da família, oportuna retaguarda dos valorosos guerreiros da congénere masculina. A farda das MPs era peça fundamental na disciplina coletiva e na encenação de desfiles e paradas. As MPs dividiam-se em Lusitos/Lusitas, Infantes, Vanguardistas e Cadetes/Lusas, em categorias dos 7 aos 25 anos, cada uma com farda própria. A representação gráfica das MPs foi evoluindo ao sabor do seu papel político e social e do grafismo dos ilustradores de várias gerações. Nem o velhinho Alfredo Moraes (na altura, já com 65 anos) escapou à chamada, ilustrando os garbosos mancebos, logo em 1937, para um Livro de Leitura dos Liceus.

Portugal é grande, Livro de Leitura para o 1.º Ciclo dos Liceus, ilustração de Alfredo Moraes, Livraria Popular de Francisco Franco, 1937

Livro de Leitura para a 4.ª Classe do Ensino Primário, ilustração de Fernando Bento, Livraria Avis, Porto, s.d.

La jeunesse Portugaise à L’École, I.ere et II.e année, ilustração de Lino António, Livraria Sá da Costa Editora, 1939

O alistamento nas Mocidades era obrigatório dos 7 aos 14 anos e as suas actividades enquadradas a partir da escola. Naturalmente, os manuais escolares dos anos trinta a cinquenta refletiram esta presença obssessiva da MP, incluindo o diploma do Ensino Primário Elementar. Num curioso livro de Francês de 1939, Lino António ilustra com bonomia petizes orgulhosos das suas fardas por entre páginas carregadas de ideologia estado-novista. Os efémeros cadernos escolares de escrever e contar usaram abertamente a iconografia da MP nas suas capas de papéis baratos geralmente impressas a uma cor e sem menção de autor. Um dos mais curiosos talvez seja o do caderno Lusitos/Lusitas, onde compactas filas de miúdos rigorosamente iguais fazem lembrar um inquietante Mundo Novo ariano. Na literatura para a infância, as MPs assumiam a gesta histórica do país, somando-se à reconquista medieval e à epopeia dos Descobrimentos. No livro História de Portugal para Meninos Preguiçosos de Olavo D’Eça Leal (o menino preguiçoso era o filho do autor, Paulo Guilherme, reprovado em História mas futuro “doutor” em Ilustração e Design), a ilustração final, de Manoel Lapa, é um happy end, com as organizações irmãs, Mocidade e Legião, garantindo o devir português.

Caderno escolar, frente e verso, s.d.

Redacções, 4.ª Classe e Admissão aos Liceus, Livraria Popular de Francisco Franco, s.d.

A este devir vanguardista não foram insensíveis os ilustradores modernistas. Já em 1938, num opúsculo de Silva Tavares, Almada Negreiros desenhava uma juventude heróica e triunfal. Mas o esteticismo modernista cedeu o lugar à juventude belicista da década seguinte, com a escalada da Segunda Guerra Mundial, bem explícita na abundante produção gráfica de Júlio Gil, ele próprio destacado dirigente da organização. O Jornal da MP exemplifica o período de maior extremismo ideológico e doutrinação política. É tempo da pose firme e das baionetas caladas dissipando a treva bolchevista. Em Maio de 1943, temendo a invasão de inimigos ou aliados, os filiados da MP faziam caricatas rondas nos castelos e monumentos nacionais, gritando senhas de reconhecimento. O desfecho do conflito e a reorganização política e social sequente esvaziaram a importância da MP como bastião do regime. Gradualmente perdeu o seu cariz militarista e patriótico acabando na inofensiva organização de tempos livres, ao jeito dos Escuteiros, até à extinção natural em 1974.

Roteiro da Mocidade do Império, Silva Tavares, ilustração de Almada Negreiros, Agência Geral das Colónias, 1938

O canto da Mocidade, texto de Odette de Saint-Maurice, ilustrações de Mário Costa, Empresa Nacional de Publicidade, 1938

História de portugal para meninos preguiçosos, Olavo D’Eça Leal, ilustrações de Manuel Lapa, Livraria Tavares Martins, 1943

Tronco em flor, Joäo Carlos Beckert de Assunção, ilustrações de Júlio Gil, Mocidade Portuguesa, 1944, original, guache sobre papel

Jornal da MP, n.º 40, 11-XI-1944, ilustração de Júlio Gil

O valor moral da Educação Física, Alberto Feliciano Marques Pereira, ilustrações de Álvaro Duarte de Almeida e Eduardo Teixeira Coelho, 1949

Fontes

Mocidade portuguesa I [Masculina] e Mocidade Portuguesa II [Feminina], texto de Manuel A. Ribeiro Rodrigues, ilustração de Carlos Alberto Santos, editora Destarte, 2003.

Portugal Século XX – Crónica em imagens 1930-1940, 1940-1950, Joaquim Vieira, Círculo dos Leitores, 2000

Mocidade Portuguesa, Joaquim Vieira, A Esfera dos Livros, 2008

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Feliz Natal, Sr. Lourenço

Boas Festas e Felicidades no Ano Novo“, “Agradecimentos pelos Amáveis Votos de Boas Festas Cordialmente Retribuídos” ou “Natal Alegre e Ano Novo Muito Feliz“. Escolhia-se a frase, preenchiam-se remetente e destinatário, dobrava-se o impresso em seis partes e a simpática missiva estava pronta para aumentar a Paz na Terra aos Homens de Boa Vontade. Manuel Cerejeira, amigo íntimo de Salazar, ascendeu a cardeal-patriarca de Lisboa em 1930. Igreja e Estado Novo partilharão doravante a ideologia e retribuirão favores e obediências, ela ressentida dos desmandos da Primeira República, ele esperando ajuda na pacificação do rebanho. O sucesso dos telegramas postais ilustrados dos CTT no Natal (BF), a partir de 1934, multiplicou-se em 1936 com o envio de impressos similares pela Páscoa (PAX). Circularam até 1972 e constituem um emaranhado de designações conforme as versões com frases pré-definidas ou de texto livre, e modos de envio, a partir dos postos dos Correios ou diretos do remetente ao destinatário (directos e autógrafos). A face frontal dos telegramas tinha moldura apelativa com ilustrações alusivas à quadra natalícia.

A iconografia estereotipada do nascimento e ressurreição de Jesus pedia mão realista e virtuosa como a de Júlio Gil (1924-2004), Alfredo Morais (1872-1971) e Raquel Roque Gameiro (1889-1970). São do infatigável Morais três exemplares de BF com risonhos querubins vestidos de bibe, Reis Magos em trânsito, e uma ternurenta Natividade, em aguarelas naturalistas salpicadas a ouro, a dos benjamins a lembrar a de Raquel, ilustradora mais preciosista com as suas rosadas criancinhas. Júlio Gil, cujo grafismo ascético se prestou sempre à ilustração da doutrina e da fé, ilustrou os restantes exemplares em generosas impressões a cinco e seis cores diretas. Caros e raros, os telegramas ilustrados podem ser encontrados em feiras de colecionismo especializado como a do Mercado da Ribeira, em Lisboa, aos domingos de manhã.

Alfredo Moraes, s.d.

Alfredo Moraes, s.d.

Alfredo Moraes, 1957

Raquel Roque Gameiro, 1956

Júlio Gil, s.d.

Júlio Gil, 1958

Júlio Gil, 1962

Júlio Gil, s.d.

Júlio Gil, s.d.


Publicidade ao serviço PAX, ilustração de Oskar, 1942

Fontes

http://www.inteirospostais.com/ostelegramaspostaispax.htm

Catálogo de Inteiros Postais Portugueses, 1º Volume de José da Cunha Lamas e A.H. de Oliveira Marques”

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Os índios bons são os índios mortos

O falso explorador, n.º 47

Texas Jack, aliás John Baker Omohundro, foi um célebre aventureiro do Oeste americano, nascido em 1846 e morto aos 33 anos por uma inglória pneumonia. Exímio cavaleiro, cowboy e caçador, pelejou de facto com os índios durante as heróicas travessias de gado através do Texas, Nebraska e Missouri. Foi também ator de teatro, e as suas aventuras cedo foram ficcionadas em panfletos populares. Pelos primeiros anos do século XX, a Europa era assolada pela moda dos folhetos de aventuras, com novelas independentes em cada número, mas seriadas para atrair colecionadores. Em fascículos quinzenais de 60 réis, A Vida D’Aventuras de Texas Jack – O Terror dos Índios – começou em Agosto de 1909, em plena agonia da Monarquia Constitucional. Os 120 fascículos de Texas Jack da Lusitana Editora, mais tarde Empresa Literária Universal, integravam uma avalancha de novelas colecionáveis onde abundavam aventureiros de espécies várias desde o pirata Capitão Morgan ao “polícia secreta” Sherlock Holmes. Género de produção barata e rápida, apenas a capa era contemplada com ilustração e grafismo exuberantes. Texas Jack foi reeditado várias vezes, uma delas com o novo antetítulo de O Jornal d’Aventuras e preço em escudos, pelo editor José Pires Teodósio.

As façanhas d’um Lord, n.º 51

Alfredo Morais (Lisboa, 1872- 1971) foi um dos mais prolíficos ilustradores portugueses durante uma longa vida de 99 anos. Omnipresente nas três primeiras décadas do século em livros infantis e escolares, jornais e editoras, o seu registo naturalista, virtuoso e expressivo, estava naturalmente talhado para uma infinidade de géneros da literatura popular. Em cópias de ilustrações das edições originais (prática corrente na época), Morais retratava as cenas mais animadas do enredo, onde o assassínio era desfecho certo. Indígenas, bandidos e feras eram sistematicamente dizimados a tiro ou à facada por um Texas Jack em traje de gala a fazer lembrar o Buffalo Bill’s Wild West Show, cuja memória das tournées pela Europa nos anos de 1886 e 1889-90 estaria ainda presente. A expressividade de gestos e caras, verdadeira marca de água de Moraes, evocam o teatro declamado, a grande paixão nacional daqueles tempos, e o cinema mudo que se começara a popularizar  (o célebre The Great Train Robbery, dirigido por um cameraman de Thomas Edison, data de 1903, e abriu o filão de filmes sobre o Oeste americano). Com gravações de A Illustradora, as imagens da capa eram impressas a azul nos primeiros quarenta números (exceto o n.º 1, a várias cores) e em bicromia até ao final da coleção. Apesar da pobreza do papel e da impressão, a mistura do azul e vermelhão é um dos principais atrativos destas terríveis mas ingénuas cenas de um Oeste mítico que atravessou todo o século XX.

 

 

A estalagem da paz, n.º 99

O bandido vermelho, n.º 89

Os estranguladores vermelhos, n.º 82

Vingança frustrada, n.º 97

A vingança do engenheiro, n.º 81

 

Fontes Sources

N.º 13 – Informações e Estudos sobre Jornais Infantis, Literatura Popular e Histórias aos Quadradinhos, A. J. Ferreira, Dezembro 1992 (cortesia do livreiro José Vilela)

Portugal Século XX – Crónica em Imagens, Joaquim Vieira, Círculo dos Leitores, 1999

http://texasjack.wordpress.com

http://xroads.virginia.edu/~hyper/hns/westfilm/west.html


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Os bons costumes portugueses

Costumes Portugueses, il. desc., ed. Papelaria V.ª Marques, Lisboa, 1936

Os correios portugueses emitiram o primeiro bilhete postal em 1878 e os primeiros ilustrados em 1894, no V Centenário do Nascimento do Infante D. Henrique e em 1901 há notícia de  uma série com costumes, monumentos e paisagens de Coimbra, editados por Albino Caetano. As duas séries de Alberto Souza, (1880-1961), a 5.ª série de Lisboa e as paisagens da 3.ª, são do princípio do século. Com as suas cores acinzentadas e uma virtuosa impressão litográfica, são um tesouro para colecionadores. Continuando a tradição oitocentista de representação do pitoresco em gravuras e litografias avulsas, as séries de costumes regionais cedo se concertaram com a organização política do território. Lisboa, a grande metrópole, constituiu-se como tema próprio desde muito cedo, como a curiosa colecção editada e desenhada por Angelo N. Pons caricaturando tipos citadinos, em 1904.

Os Ballets Russes de Diaghilev, que se exibiram em Lisboa em 1917 e 18, marcaram profundamente a primeira geração modernista portuguesa. E reavivaram a chama do imaginário popular rural. O programa estético modernista privilegiava o progresso urbano e a classe média mas não resistiu muito tempo à indiferença geral. A mulher da hortaliça* regressava, nos finais de vinte, mais estilizada nas capas da revista Civilização, mais naturalista nas da Ilustração, ambas cumprindo o ideário do nascente Estado Novo: exaltar a identidade lusa e a pureza do mundo rural.

Typos Populares de Lisboa – 5.º Série, il. Alberto Souza, ed. A Editora, 1904

Portugal – Typos das Ruas, il. e ed. Angelo N. Pons, 1904

Províncias de Portugal, il. Alfredo Morais, ed. António Vieira, Lda., Lisboa, s.d.

Costumes Portugueses, il. Alfredo Morais, ed. G&F, Lisboa, 1940

Costumes Portugueses, il. desc., ed. Papelaria V.ª Marques, Lisboa, 1936

Il. Elisa B. Felismino, ed. MCL, Lisboa, s.d.

Il. Cesar Abbott, ed. Centro de Novidades, Porto, 1942

Costumes Portugueses, Série B, il. Alberto Souza, ed. CTT, 1941

Costumes Regionais Portugueses, il. desc., ed. desc., 1939

O bilhete postal de costumes dos anos 20 a 40 resiste ao acerto com o Modernismo esteticizado de Bernardo Marques, Jorge Barradas ou Roberto Nobre, e fica-se pelo naturalismo, muito graças à prolífica carreira de Alberto Souza. A formidável equipa de modernistas portugueses ao serviço da Política do Espírito de António Ferro não teve oportunidade de brilhar no bilhete postal. A exceção é uma notável coleção de 12 postais de Piló (Manuel Piló, Lisboa 1905-1988), na década de trinta e onde a depuração gráfica se aproxima dos cânones construtivistas dos anos 20. Para o Neo-realismo, incluído na terceira geração modernista, coreografar o pitoresco das classes trabalhadoras estava fora do programa, apesar das sugestivas ceifeiras de um Pavia ou de um Cipriano Dourado.

Emilio Freixas (1899-1976), glória da banda desenhada espanhola, revela uma mudança apreciável numa série criada para a editora Ibis, já na década de 60. A ruralidade perde relevância na crescente urbanização do país e consolida-se o turismo de massas: a série inclui várias cenas de touradas para os postais do Ribatejo. Ao chegar aos anos 70, o bilhete postal de costumes ilustrados já não se levava a sério. Eugénio Silva (Barreiro, 1937), parodiava os tipos regionais adoptando o pop delicodoce da época e Zé Penicheiro (Arganil, 1921) ilustrou a Ria de Aveiro e a Figueira da Foz, nos anos de 73 e 74, no contexto da sua auto-denominada Caricatura em Volume. A  fotografia tornou-se totalitária e os postais, em kitsch technicolor, abasteciam hordas de turistas apressados.

Costumes Portugueses, il. Piló, ed. António Vieira, Lisboa, s.d.

Il. Laura Costa, ed. Oliva (máquina de costura), 1957

Il. D. Fuas, ed. desc., s.d.

Il. desc., ed. desc., s.d.

Portugal e Suas Maravilhas, il. João Alberto, ed. MD, Lisboa, s.d.

Costumes de Portugal, il. desc., ed. AVL, Lisboa, s.d.

Portugal em Silhuetas, il. desc., ed. António Vieira, Lda., Lisboa, s.d.

Il. Emilio Freixas, ed. Ibis, s.d.

Trajes Regionais Portugueses, il. Eugénio Silva, ed. Âncora, Lisboa, s.d.

Il. Zé Penicheiro, ed. Comissão Nacional de Turismo, Aveiro, 1973

A ausência de créditos de edição e autoria artística é frequente. As datas das séries aqui representadas referem-se a carimbos dos correios em postais circulados. Podem não coincidir com as datas de publicação inicial.

* Referência à frase de Christiano Cruz, em 1913, contra o academismo naturalista, personificado por Alberto Souza.

Fontes: Ilustradores Portugueses no Bilhete Postal, Artemágica Editores, 2003

O Povo de Lisboa, catálogo, Câmara Municipal de Lisboa, 1979

Os Postais da Primeira República, António Ventura, Tinta da China, 2010

http://postaisilustrados.blogspot.com

http://www.hernanimatos.com


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